São dias, ou melhor semanas que me perco nos meus próprios pensamentos. Não sei ao certo como agir, o que pensar, como seguir. Por bastante tempo coloquei as pessoas em primeiro lugar, guardei segredo, evitei discussões e me calei mediante a tanto sentimento acumulado.

Já se passaram setenta e oito semanas de decepções atrás de decepções, e parece inevitável não me decepcionar com as pessoas na qual eu abro o meu eu interior, seja no trabalho, faculdade ou roda de amigos. Mas dentre todas as decepções apenas uma sobressai, e a pessoa nem sequer deve saber, ainda prefiro guardar tudo em um potinho e falar apenas na hora certa.

Hoje me sinto mais sozinha do que nunca, e como sempre aqui sem sendo meu único escape de tudo isso, e até dos meus pensamentos. Obviamente com o decorrer de tantas decepções eu arrumei outras formas de escape, mas dessa vez eu priorizei as palavras, afinal eu preciso dizer de alguma forma que está doendo, que a dor é real, e só assim que vou conseguir me livrar de todo esse peso que me atormenta a cada vez que durmo.

Que eu conheci uma pessoa que de fato me aproximou um pouco mais de quem sou, eu não escondi, já foram vários textos e afins, e por conta de tudo isso, eu sei que eu dei o meu melhor para cada pessoa que me magoou, que eu não fui metade, que eu não fui uma pessoa rasa, mas não é todos que conseguem lidar com alguém assim, e está tudo bem. 

Eu queria falar abertamente sobre cada uma delas, fazer uma carta, uma ligação, uma mensagem, mas não consigo, não sei explicar para alguém que sabe exatamente o que me magoa, que ela fez exatamente o que me magoa. Chega ser engraçado, pois todas as falas sempre foram "jamais faria isso" e fez, confesso que fez bem feito, pois demorei ainda a deixar a ficha cair, mas uma hora cai, né? 

Mas não vou ficar remoendo, ou jogando na cara isso, esse texto é o meu ponto final, mesmo que para muitos esteja confuso, eu sei exatamente quem, quando e o quê, e apenas isso me importa.